domingo, 27 de fevereiro de 2011

VARIAÇÕES SOBRE A NATUREZA

   Hoje, publico dois desenhos que efectuei para o The Way of The Exploding Pencil, em temáticas que, embora diferentes, acabam por se complementar. 
   Sobre o primeiro não há muito a dizer. Não é difícil de imaginar qual era o tema e foi uma espécie de homenagem que quis prestar a esse grande quadro que nunca conseguimos reproduzir na perfeição, que para além de nos surpreender sempre, tem a particularidade de ser a fonte de vida de todos nós. Por isso mesmo, o intitulei de Natureza Mãe. Além disso, é um desenho que, mais uma vez, me permitiu trabalhar numa das coisas que mais prazer me dá: dedicar-me aos grandes espaços.
   Em relação ao segundo, ilustrava uma temática intitulada: traumas da infância. E aí, acreditem ou não, as árvores formaram um medo que me acompanhou durante alguns anos. Tudo se deveu ao facto de, quando era miúdo (tinha aí uns três ou quatro anos) apanhar um enorme susto com um gigantesco castanheiro, abatido por um grupo de lenhadores, que acabou por cair exactamente à frente do carro do meu pai, que se encontrava parado. Como não sabia o que ia acontecer, aterrorizei-me diante da árvore de grande porte que, ao tombar, na minha imaginação, parecia vir atrás de mim. Consequentemente, e durante algum tempo, assim que via as árvores inclinarem-se ligeiramente ante as rabanadas de vento (mesmo que estivessem a uma distância considerável), fugia a sete pés para um local onde elas estivessem longe da minha vista. Afinal, o que olhos não vêem, coração não sente...
   Felizmente, venci esse pequeno trauma e, actualmente, quando me sinto em baixo, não há nada, na minha opinião, como um passeio revigorante a uma floresta ou junto ao imenso oceano, para recuperar energias. Afinal, não há quadros mais perfeitos do que os formados pela natureza que nos rodeia...

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