terça-feira, 30 de novembro de 2010

LANÇAMENTO DO LIVRO "HISTÓRIAS DA AJUDARIS -2010"

Pormenor da capa, de Luís Valente
Marisa Cruz, durante a apresentação do evento (foto de Paulo Marques)
Paulo Marques (à direita), durante a mesma apresentação
Pormenor do imenso público que esteve presente (foto de Paulo Marques)
Pormenor da galeria de esposição, onde o meu trabalho surge ao lado do de Paulo Marques.
 Em baixo estão dois trabalhos dos meninos do colégio "O Ramalhete"
 (foto de Paulo Marques)
   Foi no passado dia 20 de Novembro que decorreu no Porto o lançamento do livro Histórias da Ajudaris -2010: projecto original que, a exemplo do que já havia acontecido no ano passado, reúne a colaboração de mais de meia centena de artistas que ilustram, em livro, contos escritos por cianças e jovens de cerca de 30 estabelecimentos de ensino do distrito do Porto.
   O desafio não era fácil, mas a Associação Ajudaris e o Grupo Entropia conseguiram levar, ao fim de nove meses de trabalho, o projecto a bom porto, conforme se pode constatar pelas fotos que ilustram este artigo. Para isso, Paulo Marques, o coordenador artístico contou com a colaboração de Ana Maria Baptista, Ana Saúde e Sara Mena Gomes, que foram as responsáveis pelo design do livro e Luís Valente, o autor do desenho da capa e dos convites.
    Ana Maria Baptista, Ana Maria Vieira, Ana Saúde, Andreia Bastos Nascimento, Ângela Serra, Antero Valério, Balegas, Carina Beringuilho, Carla Rodrigues, Catarina Guerreiro, Cidália Silva, Cláudia Pinhão, C.Sofia Nunes, David Bastos, Evelina Oliveira, Fátima Afonso, Fil, Gastão Travado, Gonçalo Cardoso Dias, Isabel Furtado, Jéssica Ferreira, Joana Lafuente, Joana Rolo,, João Vasco Leal, Jorge Delmar, Júlio Vanzeler, Luís Valente, Marc, Margarida Mira, Margarida Tovar, Maria Alice Oliveira, Mariana Craveiro, Marina Fátima, Marta Mergulhão, Melanie Romão, Miguel Gabriel, Natalina Cóias, Patrícia Alves, Paulo Galindro, Paulo Marques, Paulo Villas Boas, Pedro Morais, Ricardo Alexandre Alves Correia, Sara Mena Gomes, Sónia Saúde, Tânia Guita, Telma Guita, Teresa Alexandrino, Vanessa Côrte e Vanessa Nobre foram então os colaboradores deste projecto que, tal como eu, tiveram o desafio de ilustrar um conto de um jovem autor. No que a mim me diz respeito, posso dizer que este foi mais um daqueles trabalhos que me deu imenso prazer. Foi fantástico ler as linhas da história de Luna, uma menina sonhadora que não desiste de levar a cabo o seu sonho de visitar a lua, de uma forma que só uma criança pode conceber. Oxalá, eu tenha estado à altura da imaginação dos autores do jardim de infância Navegar no Saber.
A minha participação (foto de Paulo Marques)
   Sobre o lançamento em si, que contou com a apresentação de Marisa Cruz, não posso falar muito, porque, infelizmente, não pude estar presente. Mas pelo que vi das fotografias (gentilmente cedidas por Paulo Marques), dá para perceber que foi uma sessão bastante participada, emocionante e emocionada. Para mais pormenores, poderá sempre consultar o blogue O Mundo do Estranho. Mas, apesar de não ter estado lá, fico contente por observar que tudo correu muito bem, pois como diz o poeta, "o sonho comanda a vida"... e este tem sido, até à data, um sonho que tem pernas para andar, pois contribui para melhorar de forma bastante colorida a nossa existência... Pelo menos, a minha melhorou...  

sábado, 27 de novembro de 2010

A ESCALADA

E, pronto! Este é o último dos desenhos que preparei para a tal publicação que nunca chegou a ficar pronta. Dedico-o a todos os alpinistas, montanhistas e afins...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

DESCUBRAM A PRANCHA!

Vale a pena ver este pequeno vídeo sobre os dez anos do CNBDI, exposição que estará montada até Julho do próximo ano, no Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (como o nome o indica), na Avenida do Brasil, nº 52 - A, na Amadora. Entre outras coisas, mostra os passos necessários para fazer um banda desenhada, além de trabalhos de vários autores. Pelo meio, aparece uma prancha minha, do álbum História de Manteigas. A pista está na fotografia que ilustra esta publicação...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

ESTRANHO ROBOT

Este é mais um desenho que fiz para o The Way of the Exploding Pencil, sob a temática de robots. Abaixo, reproduzo também o texto que coloquei lá.


"Eu sei que quando se fala em robots, todos pensam ainda naquelas latas que se distinguem claramente de todos os outros seres que habitam o planeta. Mas, a partir de agora desenganem-se. Isso faz parte do passado. Os robots evoluiram. Dotados de uma inteligência artificial, em nada se distinguem dos seus criadores, excepto num pormenor: ainda não podem procriar... por enquanto. Mas estamos a trabalhar nisso.

Por exemplo, hoje apresentamos-lhe o S 33, que como o nome indica, é uma obra prima na arte da sedução, aconselhável a todos os solitários. Claro que custa uma pequena fortuna, mas imagine os novos mundos que esta máquina lhe abrirá... Sim, aqueles mundos para onde sempre quis entrar, mas nunca teve coragem de o fazer... com um ser humano. Isso agora acabou. Não serão precisos muitos dias para ver as vantagens que o S 33 lhe proporciona. Hoje, a Megatron Inc. apresenta-lhe a versão feminina, mas, a partir de amanhã, poderão consultar igualmente a masculina. Ah... e desenganem-se os que pensam que basta ver os olhos para se ver que é uma máquina. Apenas deixámos os olhos assim na imagem, para efeitos promocionais. A cor dos olhos e dos cabelos, como muitas outras variantes, ficará ao critério do cliente, depois deste preencher um pequeno formulário, facultado pela empresa. O único efeito secundário que esta geração de robots tem é o de não saber lidar com a mentira. Por isso, cuidado, não lhe inventem histórias ou, caso contrário, as consequências serão imprevisíveis, não se responsabilizando a Megatron Inc. pelas anomalias disfuncionais que possam declarar-se. Por isso, o cliente terá que preencher um termo de responsabilidade que lhe será entregue, juntamente com o questionário."

                                                                                                                          Pequeno texto promocional do S 33

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O QUE É QUE SE PASSA NA CABEÇA DOS HOMENS?

Esta ilustração, à semelhança das outras, era para ser para o tal livro que nunca chegou a ser. Tinha era uma particularidade: cada menina era para sair numa página capitular e só no último capítulo é que toda a história faria sentido. Agora, aqui para o blogue, fiz uma remontagem com os desenhos todos que fiz na altura, com o propósito de os poder mostrar, como se de uma tira se tratasse. Resta dizer que este não é um remédio definitivo para a crise que estamos a viver, mas lá que ajuda muito, isso ajuda... 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

CONSTRUÇÃO DE UMA ANTA - O REGRESSO AO ÚTERO


    Apresento hoje duas páginas e uma ilustração retiradas do álbum História de Fornos de Algodres - Da Memória das Pedras ao Coração dos Homens, sobre a construção de uma anta. Como o nome do livro o indica, este é um concelho com um vasto património arqueológico, também nesse domínio. E, foi na feitura deste álbum e graças ao professor Valera, a quem mais uma vez agradeço a colaboração prestada, que fiquei a aprender mais algumas coisas sobre a construção destes monumentos.
   Que as antas eram monumentos funerários, disso ninguém tem grandes dúvidas. Porém, provavelmente, pouca gente sabe que os cadáveres eram depositados no seu interior em posição fetal. Eu, pelo menos, não sabia. Tinha a ideia de que seriam cremados e as suas cinzas seriam então colocadas lá, junto a algumas coisas que fizeram parte da sua vida. Todavia não era bem assim...
   Na verdade, as antas eram construidas como representações do útero materno e os antigos entendiam que, quando a pessoa morria, voltava aí de novo. Daí que, os monumentos fossem representações disso mesmo. Claro que, actualmente, só vemos as pedras que foi o que sobreviveu ao desgaste do tempo, mas na verdade todo o monumento era construído como se fosse uma representação do baixo ventre feminino, com o propósito de que a pessoa regressasse ao local de onde tinha vindo a este mundo, entendido apenas como um local de passagem.
   Ficam as pranchas e a curiosidade...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

QUESTÕES EXISTENCIAIS E LABORAIS...

Depois de na semana passada ter, excepcionalmente, interrompido a série de desenhos eróticos que tenho publicado, volto novamente ao tema, para colocar o material restante que, diga-se, já não é muito mais. Ficam então mais duas ilustrações...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

E JÁ LÁ VAI UM ANO!

   Pois é, o tempo não passa, voa! Parece que foi ontem que comecei a minha aventura neste vasto universo que é o dos blogues e já lá vai um ano. Por isso, e para comemorar devidamente este primeiro aniversário, fiz uma montagem com algumas das personagens que, ao longo deste ano, foram aparecendo por aqui. E, tal como elas, também eu agradeço a todos os que, de uma forma ou de outra, me acarinharam, incentivaram, criticaram e motivaram. É que, isto de criar um blogue, só faz sentido, se pudermos interagir com gente dos mais diversos quadrantes e até com pessoas que, de outra forma, seria impossível contactar. A todos os que comentaram ou sómente visitaram este espaço, aqui fica o meu profundo agradecimento, bem como aos que, de uma forma ou de outra, me vão dando forças para continuar.
   E agora que o blogue tem já, a partir de hoje, um ano de vida, posso anunciar que é para muito breve que virão algumas alterações ao seu visual e que me irei lançar em novos desafios. Sobre um deles, já falei um pouco numa publicação anterior. Trata-se de Vidas, uma bd que fiz logo a seguir à Voz dos Deuses e que, até agora, permanece inédita. Estou agora a começar a recuperá-la, para a publicar na íntegra aqui no blogue. E, como hoje é dia de aniversário, deixo, como aperitivo, o projecto de capa, ainda sem os letterings. Espero que gostem...
   

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

AS MINHAS PRANCHAS NO AMADORA BD

História de Manteigas - No Coração da Estrela
Bernardo Santareno - Fragmentos de Uma Vida Breve
Foto de Cristina Amaral
Foto de Cristina Amaral
Foto de Cristina Amaral
Agora que o festival está quase a terminar, não quis deixar passar a ocasião de mostrar algumas das minhas pranchas que figuram no Amadora BD, nomeadamente na exposição que engloba as diferentes visões que vários autores tiveram em relação à República, como se sabe, a grande temática deste ano. Melhor do que quaisquer palavras que eu pudesse escrever, fica o texto que reproduzo quase na íntegra, numa das fotos. E, aproveito a ocasião, para convidar todos os que ainda não se deslocaram ao Fórum Camões, para o fazerem este fim-de-semana. A qualidade das exposições presentes merece uma visita detalhada.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

"O INFANTE PORTUGAL" - A ILUSTRAÇÃO


   Para completar o conjunto de publicações que dediquei ao Infante Portugal, mostro então hoje a ilustração que efectuei para o livro de José de Matos-Cruz. A personagem que me calhou foi o Escudeiro Europa, um ser algo ambíguo, que muitas vezes se assume quase como a negação daquilo que foi anteriormente. A exemplo do que Luís Diferr tinha feito para o primeiro livro, resolvi representá-lo como sendo metade homem, metade mulher. É assim alguém que surge em permanente mutação e que, por isso mesmo, é também conhecido como Huno ou Huna Europa, que pretendi representar. Nesse sentido, e procurando não entrar em contradição com o que Diferr já tinha feito, procurei retratar este ser imaginário, quase como se de um super-herói ou super-vilão se tratasse e, quando estava a fazer o desenho, veio-me de repente à memória um quadro de Magritte, intitulado Memória. Decidi então fazer o fundo, um pouco à imagem do que aparece nesse quadro, que inevitavelmente nos leva para caminhos que só a imaginação conhece...
   Fica então aqui o trabalho em duas fases que não aparecem no livro (pois a imagem lá, surge a preto e branco): o esboço e a arte-final a cores, onde inclusivamente se pode reparar que este indivíduo de personalidades diversas, até tem um olho de cada cor. Não sei se esta minha representação corresponde ao imaginário do autor, mas foi assim que eu o vi, quando li as páginas que me foram cedidas...